domingo, 8 de abril de 2012

OS PORÕES DA CACHOEIRA PETRALHA. - PARTE 2

No texto "OS PORÕES DA CACHOEIRA PETRALHA – PARTE 1", que publicamos aqui no site no dia 02 de abril passado, destacamos uma análise feita pelo Paladino Federal, o ex-delega Protógenes Queiroz, hoje prestando serviços para a quadrilha, sobre a atuação de 3 personagens importantes na negociação espúria que juntou numa SUPERTELE a Oi, Telemar, Amazônia Celular e BrT.
São eles:
1) "GOMES" ou "LEG", que vem a ser ninguém mais ninguém menos do que o advogado petralha LUIZ EDUARDO GREENHALGH.

2) "GUIGA", GUILHERME HENRIQUE SODRÉ MARTINS, poderoso lobista que tem acesso privilegiado até mesmo na ante-sala da presidência da república e do Gabinete Civil da Presidência, na época ocupado pela atual "Presidenta".
3) "GUGA", HUMBERTO JOSÉ ROCHA BRAZ , ex-diretor da Brasil Telecon de Dantas.
Neste texto mais uma série de fatos que comprovam o envolvimento direto do alto escalão do governo na maior trapaça comercial da história brasileira que foi a criação da SUPERTELE, dada de presente para a Oi, com a ajuda criminosa do governo.
Vocês verão que, enquanto a Polícia Federal do governo Petralha atazanava a vida de Daniel Dantas, parte desta mesma Polícia Federal agia nos bastidores para melar toda a investigação sob as ordens do governo, ela mesma eivada de suspeitas de ser uma investigação que atendia aos anseios da Telecon Itália e da compra de políticos brasileiros através de ex-chefe da mesma Polícia Federal, Mauro Marcelo, amigão do PODEROSO CHEFÃO DO MENSALÃO, que passou a prestar serviços para a empresa de telefonia italiana, que queria se livrar de Daniel Dantas para se associar aos fundos de pensão brasileiros.

A lama que vaza das conversas grampeadas pela equipe do investigador destrambelhado, através de conchavos criminosos entre lobistas, doleiros, ministros, senadores, deputados e da própria presidência da república, dão a visão clara de até onde chegou a corrupção neste país.
Por outro lado, vale destacar o papel sujo de jornalistas e empresas jornalísticas que se prestaram a dourar a pílula das tramoias executadas por bandidos que deveriam estar na cadeia.
Uma democracia que se preza tem como importantes pilares uma IMPRENSA LIVRE E DESCOMPROMISSADA COM GOVERNOS e uma JUSTIÇA SOBERANA, JUSTA, IMPARCIAL E IMPLACÁVEL com criminosos, sejam eles de que importância for.

O que aconteceu nesta transação imunda que envolveu Daniel Dantas e todos os personagens que desfilarão pelos textos que aqui apresentaremos, ainda guarda segredos que talvez não venham a público.
Os diálogos nunca são completos e a complexidade da transação esconde segredos que possivelmente morrerão com seus personagens, que não têm o mínimo interesse de que venham ao conhecimento dos idiotas que pagam a conta.

O Brasil está apodrecido. Enlameado. Sujo. Imundo.
Estamos assistindo à mais covarde das inversões de valores.
Os criminosos desfilam livres pelas raias do poder, como vestais de uma ética que foi jogada na lata do lixo.
Enquanto nós, brasileiros, somos obrigados, pela falta de gente honesta dentro dos poderes constituídos que tomem para si, a defesa dos valores éticos que permeiam uma sociedade justa, nos sentimos cada vez indefesos na luta contra esta cambada de poderosos criminosos.

O caso do senador Demóstenes, dentro deste contexto, se torna emblemático.
Quando se pensa que alguém finalmente cobra de bandidos e marginais a responsabilidade devida com a chamada coisa pública, somos estapeados pela realidade que nos mostra mais um bandido disfarçado de paladino do bem.

Mas é este o Brasil que temos hoje e que nos cumpre mudar.
É o povo que faz uma nação. É o grito de BASTA da maioria que pode mudar o rumo do que estamos assistindo.
O que eles querem é que desistamos pelas decepções constantes que nos impingem. Desistindo, não cobramos.
Não cobrando nossos direitos, damos para os ladrões da pátria o direito de continuarem roubando.

É este círculo vicioso que temos que quebrar.
O PAPAEL DA IMPRENSA.
Como dissemos anteriormente, o papel da IMPRENSA em uma democracia e lutar para que ela seja cada vez mais consolidada, mais forte para que ela esteja imune à sanha de ditadores vagabundos que sempre sujeitam seus povos às barbáries de suas loucuras.
Nos relatórios da operação Satiagraha podemos constatar a atuação vergonhosamente criminosas de alguns ilustres jornalistas.
Vamos a alguns casos, citados nos relatórios da Operação Satiagraha.

Marcelo Tognozzi
As interceptações de e-mails revelaram outra situação bastante significativa no tocante ao relacionamento entre o Opportunity e jornalistas. Trata-se do caso de Marcelo Tognozzi.
Tognozzi trabalhou para o jornal Correio Braziliense e desempenhou a função de Vice-Presidente da Associação Brasileira de Imprensa na Seção Brasília. Uma intensa troca de e-mails entre ele e Carlos Rodenburg, membro da cúpula do Opportunity, no ano de 2004, revelou que o jornalista repassou orientações sobre como se dirigir à sociedade, por meio da utilização da imprensa, manipulando a opinião pública. Ao longo dos diálogos, fica claro que Tognozzi agiu em favor do Opportunity visando a uma oportunidade de emprego na instituição financeira.
No dia 15 de julho de 2004, ele enviou um e-mail a Rodenburg comentando a decisão do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), do Ministério da Justiça, de recuar de uma decisão já tomada e permitir o reingresso da Telecom Italia ao bloco de controle da Brasil Telecom.
O jornalista relata que membros do Governo teriam pressionado os Conselheiros do CADE, numa operação coordenada pela operadora italiana, e segundo o texto, contaria com a "participação do então Ministro da Justiça, Marcio Thomaz Bastos, para que a decisão em favor da Telecom Italia fosse tomada em prazo recorde".
De acordo com ele em seu e-mail, o próximo passo dos italianos, com a ajuda de seus aliados no Governo, inclusive o então Ministro Luiz Gushiken, seria utilizar a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para pressionar o Opportunity. Este processo, de acordo com Tognozzi, teria incluído até a substituição do Presidente da Comissão, Luiz Leonardo Cantidiano, considerado simpático ao Opportunity, por Marcelo Fernandez Trindade, aliado de Gushiken, e que assumiu o cargo em 6 de junho de 2004, já prometendo concluir o inquérito contra o Opportunity Fund.
O jornalista conclui o e-mail dizendo que a ala do Governo comprometida com os interesses da Telecom Italia, estaria protegendo uma empresa investigada por uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Congresso Italiano, a qual apura o desvio de US$ 120 milhões praticado pelos executivos da operadora de telefonia.
Salienta-se que a Telecom Italia, de sócia, passou a adversária de Daniel Dantas e do Opportunity em diversas ações judiciais pelo controle da Brasil Telecom. Isto justifica a postura de Tognozzi contrária às atividades da empresa italiana.
No dia 22 de julho de 2004, o jornal Folha de São Paulo publicou matéria sobre o caso de espionagem empreendida pela empresa Kroll Associates contra autoridades do governo, inclusive Gushiken. Neste dia, Tognozzi enviou e-mail a Rodenburg comentando a notícia. De acordo com ele, o assunto repercutiria em outros veículos de comunicação (como de fato ocorreu) e o Governo fracassaria na administração desta crise. Ele comenta as fotografias que acompanham a reportagem, as quais mostram pessoas ligadas ao Governo, e sentencia que "o brasileiro médio olha aquilo e logo imagina que o PT está metido numa grande maracutaia". Tognozzi afirma que as autoridades sequer podem atacar a idoneidade da Kroll uma vez que a empresa tem um histórico de atuação para o Partido.
Na avaliação do jornalista, a ligação de Luiz Roberto Demarco (ex-sócio de Daniel Dantas) com a campanha do PT e a informação contida na matéria jornalística de que as empresas dele atuaram em favor do então Ministro Luiz Gushiken eram "nitroglicerina pura".
No final do e-mail, Tognozzi afirma que se o Opportunity adotasse uma postura pró-ativa e mostrasse na mídia que a Telecom Itália é uma empresa considerada corrupta na Europa, estampando fotografias de seus executivos nos jornais brasileiros, associadas a notícias ruins, haveria grande chance de se neutralizar o ataque e virar o jogo.
Nota-se que durante todo o tempo o jornalista usa sua experiência profissional para orientar a cúpula do Opportunity sobre estratégias de ação para causar algum impacto na sociedade e, sobretudo, no meio político.
No dia seguinte (23 de julho de 2004), Tognozzi envia outro e-mail a Rodenburg para alertá-lo de que o jornalista Gustavo Krieger, diretor da Revista Época em Brasília, esteve no Palácio do Planalto reunido com o então Ministro Luiz Gushiken. Ele escreveu acreditar que "deve vir chumbo no fim de semana".
Neste caso, observa-se que Tognozzi atuou também como espião do Grupo Opportunity, informando sua diretoria sobre a movimentação de jornalistas e prevenido-a acerca da possibilidade da publicação de matérias contrárias aos interesses do Grupo.
Em 25 de julho, novo e-mail. Desta vez Tognozzi relata que seu acompanhamento sistemático da mídia revelou a inexistência de fatos novos em relação ao episódio da Kroll. Na opinião dele, havia apenas notícias requentadas, "o velho sendo vendido com cara de novo". Analisando especificamente a Folha de São Paulo, ele aponta uma contradição. Enquanto o jornal acusava a Kroll de usar métodos ilícitos para apurar informações, algumas páginas adiante publicava notícias obtidas pelos mesmos métodos (gravações telefônicas supostamente clandestinas). O mesmo raciocínio se estenderia às revistas Veja e IstoÉ.
O e-mail seguinte de Tognozzi para Rodenburg foi enviado no dia 17 de agosto de 2004. Aparentemente, se trata de um roteiro sobre como responder a determinadas perguntas feitas por jornalistas, referentes ao trabalho da Kroll no caso Telecom Italia.
No e-mail Tognozzi expressa seu ponto-de-vista no sentido de que as respostas deveriam ser objetivas e breves, de forma a "que não dessem margem a qualquer interpretação maliciosa". Trata-se, nesse caso, de mais uma orientação dada pelo jornalista, valendo-se de sua experiência profissional, sobre como os executivos do Opportunity devem fazer para extrair benefícios do trabalho da imprensa, ou, ao menos, não caírem em armadilhas de repórteres ávidos por notícias sensacionalistas.
Dez dias após o envio deste e-mail, nova mensagem. Desta vez, Tognozzi faz comentários acerca da disputa pela presidência do CADE . Ele afirma que, à época, o promotor público Esteves Scallope, filiado ao PT, pleiteava o cargo, mas enfrentava a concorrência de Beth Farina, ligada ao então Ministro da Fazenda, Antônio Palocci. A briga, segundo ele, seria interessante. Hoje se sabe que Farina foi a vencedora dessa disputa.
Em 15 de setembro de 2004 veio a fatura da dedicação de Tognozzi ao Opportunity. E-mail enviado por Guilherme Sodré a Rodenburg, a quem chama de "chefe", encaminhava pedido de emprego do jornalista. Nos termos da chamada "proposta de trabalho", Tognozzi solicitava uma remuneração mensal de R$ 25 mil por seus serviços, mais uma verba de R$ 10 mil mensais para cobrir as seguintes despesas: pagamento de um flat em São Paulo, para onde se deslocaria semanalmente (o jornalista morava em Brasília); alimentação, telefone e deslocamentos na capital paulista e verba de representação. O jornalista também teve o cuidado de esclarecer que as passagens aéreas seriam pagas separadamente pelo cliente (Opportunity).
No encaminhamento do pedido, Guilherme Sodré, que provavelmente é funcionário do Opportunity, aconselha Rodenburg a aceitar a proposta, uma vez que, na sua opinião, "está dentro do padrão de mercado, sobretudo pela responsabilidade do trabalho".
Tudo indica que Marcelo Tognozzi foi contratado por Daniel Dantas.

Ney Figueiredo
Em 2 de setembro de 2004, o jornalista, escritor e consultor político Ney Figueiredo, enviou um e-mail a Daniel Dantas relatando que um dos diretores do Opportunity, Dório Ferman, havia declarado, à Revista Exame, que o grupo vinha sofrendo um "massacre na mídia, sem o qual a captação de recursos seria maior". O motivo do massacre seria a disputa entre Dantas e a Telecom Italia.

No e-mail, Figueiredo demonstra claramente trabalhar para o dono do Opportunity e exorta o "chefe" a se expor mais diante das pessoas que mantêm negócios com o banco. Na opinião de Figueiredo, os acordos normalmente são bem-sucedidos, mas a ausência de Dantas aos eventos sociais que os selam, incomoda a muitos dos parceiros comerciais.
Figueiredo afirma estar frustrado porque a maioria das ações de trabalho que ele propôs não deu certo, por falta de apoio e participação efetiva de Dantas. Fazendo uma analogia com John Rockfeller, ele sugere que o chefe se vincule a projetos social e culturalmente corretos para estar presente nos meios de comunicação de forma positiva.
Roberto D´Ávila e Naji Nahas (12 de março de 2008)
Neste telefonema, um indivíduo que se identifica como Roberto D´Ávila - há um importante jornalista com esse nome – informa a Nahas que esteve com "o amigo de Minas Gerais", o qual declarou estar muito satisfeito com o trabalho de outra pessoa, identificada como "o amigo gordinho de São Paulo", que estaria tendo uma excelente atuação junto ao "número 1".
D´Ávila pede a Nahas que agradeça ao "gordinho" e lhe comunique a satisfação do "amigo de Minas Gerais". Finalmente, o jornalista solicita ao investidor que agende um encontro com "gordinho", pois gostaria de "fazer uma grande entrevista, uma coisa bonita sobre a vida dele". Naji Nahas concordou em intermediar o encontro.
Ao final do e-mail, Figueiredo afirmou que estava lançando um livro pela Ed. Cultura, chamado "Diálogos do Poder", onde ele abordava sua trajetória profissional, incluindo trabalhos com o ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso. Ele propõe a inserção, no livro, da experiência de assessoramento a Dantas, bem como uma narrativa sobre a forma de atuação da Telecom Itália, numa parte da obra dedicada à imprensa.
DETALHE: ESTE JORNALISTA RECEBEU R$ 50 MIL DE NAHAS POR SERVIÇOS PRESTADOS.

Johnny Saad, Presidente do Grupo Bandeirantes
Em gravações interceptadas pela PF, o investidor Nagi Nahas informa a seu interlocutor ter almoçado na véspera com Johnny Saad, Presidente do Grupo Bandeirantes. De acordo com o investidor, Saad quer cuidar da imagem dele (Nahas) utilizando para isso, a TV Band.
Nahas diz que essa oferta de consultoria em marketing pessoal decorre do fato de Saad estar interessado em comprar uma TV a cabo e, para isso, necessitar de financiamento. Extremamente cauteloso com as palavras, o investidor percebe um possível deslize verbal e imediatamente muda de assunto.
Nahas, ao telefone, evita tudo possa comprometê-lo. Para isso, ele fala sobre assuntos sensíveis de forma tão vaga e lacônica que às vezes até seus interlocutores parecem um tanto perdidos sobre o tema da conversa.
Eis aí o papel de destaque da imprensa no lamaçal da SUPERTELE. São poucos os exemplos citados aqui em relação aos pegos pelas gravações da Satiagraha vendendo reportagens para enganar leitores e beatificar bandidos que deveriam estar presos.
É importante destacar que no relatório onde faz a análise do papel da imprensa neste caso, em suas páginas 19 e 20, há a seguinte citação de uma reportagem da VEJA:
"No dia 10 de outubro, nova capa, desta vez com a seguinte nota: "Chantagem: Renan Calheiros agora espiona os colegas". A reportagem afirma que o parlamentar havia encomendado um trabalho de espionagem de senadores do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) e do Partido Democratas (DEM). Os dois alvos da ação, de acordo com a matéria, eram Marconi Perillo (PSDB) e Demóstenes Torres (DEM), ambos de Goiás. O objetivo seria flagrá-los em algum ato ilícito para depois chantageá-los em troca de apoio político."

Hoje, os dois políticos estão enfiados nas águas de Cachoeira. Uma infeliz coincidência?
Pelas inúmeras horas de grampos, desfilam mais personagens, como por exemplo o dono do site 247 Leonardo Attuch, que mostramos gravações no post onde falamos sobre o ataque que este cidadão desferiu contra Reinaldo Azevedo.
Eis os exemplos de jornalistas que temos.

OS PODEROSOS DA REPÚBLICA.
No primeiro texto apresentamos duas gravações estreladas por Luiz Eduardo GREENHALGH mantidas com HUMBERTO JOSÉ DA ROCHA BRAZ, o GUGA, onde GREENHALGH fala sobre sua reunião com a poderosa Ministra da Casa Civil, hoje "presidenta", como gosta de ser chamada, e depois uma outra onde o mesmo GUGA conversa com Gilberto Carvalho sobre depósitos na conta curral do guerrillero de bosta José Dirceu.
Hoje vamos introduzir novos personagens em nossa história.

São eles: o "ARQUITETO", "MARGARET" ou "TATGARET" e "JOSÉ".
Cupula-Mfia-Petralha
A Operação Satiagraha, pelo que se presume dos relatórios que nela existem, começou com a intenção de fuçar as tramoias de Daniel Dantas e Nagi Nahas, no tocante à evasão de divisas através de centenas de empresas abertas para este fim e dos fundos de investimentos por ele administrados em paraísos fiscais, locais seguros para dinheiro ilícito de brasileiros e das transações em dólares feitas pelo Libanês.
Creio que, de modo inesperado, deram de cara com a escabrosa transação de criação de uma SUPERTELE e com a participação efetiva do governo brasileiro para tirar de Dantas suas empresas de telefonia ao mesmo tempo em que ajeitava as coisas para que ele não saísse no prejuízo, embolsando uma grana milionária.
Pelo que se depreende dos vários relatórios, o Paladino da Justiça Protógenes é surpreendido ao se deparar com gente graúda do governo petralha e, sentindo a fria em que se meteu, saiu correndo a pedir ajuda ao presidente Obama, num recado claro para a petralhada que tinha, como chegou a dizer, condições de arrebentar com a república.
É interessante notar que até o final do mês de fevereiro, os telefones grampeados eram de Dantas, Nagi Nahas e das empresas ligadas aos dois. Foi assim que pegaram Pitta, o sucessor de Maluf na Prefeitura de São Paulo.
Em uma das gravações há o relato da insatisfação de Daniel Dantas e sua irmã Verônica Dantas sobre a atuação do advogado Nélio Machado, considerado intempestivo e em virtude deste temperamento, teria cometido algum tipo de deslize que teria provocado a entrada de LUIZ EDUARDO GREENHALGH e outros advogados na defesa do banqueiro.
Reparem que na gravação abaixo, datada de 11/04/2008, às 18:15:41hs, é GUIGA, o poderoso lobista que tem acesso até mesmo ao gabinete da casa Civil, que comanda a operação de lobbye junto à Poderosa Gerentona da quadrilha, para que a negociação tenha sucesso.

RESUMO DO RELATÓRIO DA PF:
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Em 11/04/08, às 18:15:41. DANIEL V. DANTAS pergunta se GUILHERME comentou com ADIR (Senador da República) se "ALESSANDRO" poderia explicar melhor o assunto com "MARGARET", GUILHERME diz que vai conversar com ADIR. GUILHERME diz ainda que pegou um detalhe de uma conversa entre "ARQUITETO", "MARGARET" e "JOSE" que revela o que está acontecendo e vai contar pessoalmente a DANIEL que considera que para "MARGARET" se comprometer tem que ser "ALESSANDRO". GUILHERME diz ainda que RICHARD contratou um bom advogado e este foi conversar com ARQUITETO. GUILHERME diz que a única solução é trabalhar lá na "casa da Justiça" e DANIEL diz que com "ALESSANDRO" também.
Detalhe: até aqui a Vovó Petralha ainda estava reticente em algumas coisas que as gravações não identificaram.
Nos diálogos, DILMA ROUSSEFF passa a ter os codinomes de MATGARET ou TATGARET, LuLLa passa a ser o ARQUITETO e JOSÉ é o Zé que todos conhecemos, como comprovado pela gravação acima.
Numa outra gravação datada de 13 de março de 2008, Guga e Gomes, avisa sobre uma reunião realizada no dia anterior com as pessoas diretamente envolvidas na negociação para a criação da SUPERTELE.
Reparem que, mais uma vez, a dona TATGARET é citada e através dela fica-se sabendo que o "governo já se meteu demais nesta história".
Se meteu como e com quem? De que forma o governo se meteu na sujeirada da SUPERTELE?
Isso nós vamos descobrindo nos textos que se seguirão.
Mas destacamos mais dois diálogos importantes:

O 1º se deu no dia 13 de março de 2008.
E abaixo o relatório da PF. Relatório 02/08 - STG:
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Em 13/03/2008, às 10:14:32 – HUMBERTO ("ALBERTO"/"GUGA") X LUIZ EDUARDO ("GOMES") - REUNIÃO - HUMBERTO diz que "fomos convocados ontem" com o comprador, com meu amigo daqui, era 3ª reunião, com pessoal daqui e o pessoal de fora, dando 48 horas. a conversa foi extraordinária, eles falaram que está tudo bem. A conversa não pode passar deste prazo, 48 horas daria na sexta-feira a noite. Reunião para segunda-feira, todos, caso já tiver acertado, fecha tudo na segunda-feira. LUIZ EDUARDO diz que tentou conversar com minha amiga (possivelmente a Ministra Dilma) recebeu "um não", ela disse que "GOMES" que têm que se entender entre eles. Marquei com outra pessoa somente dia 24, meu limite se estabeleceu. Estarei com ELA (Ministra Dilma), 17:00 em Brasília, que teria mandado o recado: diga ao "GOMES" que eu não quero falar sobre este assunto, que o GOVERNO já se meteu demais sobre este assunto. Esse assunto é para morrer mesmo. Com a turma do Rio tem sabotagem, manipulação de imprensa. No "americano" tem sabotagem, no rapaz que ganha muito, veio para cá. E na nossa opinião vai fechar. LUIZ EDUARDO diz que tem uma coisa preocupante, se não sair ficará no nosso colo. HUMBERTO diz para isolar o DANIEL DANTAS da imprensa. HUMBERTO tentou conversar ontem com ELA (possivelmente Ministra Dilma), em uma solenidade com a presença do Presidente. Ela não foi, o secretário diz que ela disse que já se meteu demais, somente dia 24.
...
Análise: Trata-se de diálogo entre HUMBERTO e LUIZ EDUARDO. Sempre se apresentam nos diálogos como se fossem respectivamente "ALBERTO ou GUIGA" e "GOMES". Tanto no diálogo entre si como nos diálogos com DANIEL VALENTE DANTAS. HUMBERTO seria HUMBERTO BRAZ, que atua como lobista, e seria o responsável pelo comando de trabalhos de espionagem empresarial realizada pelo Grupo Opportunity. LUIZ EDUARDO RODRIGUES GREENHALGH, ex-deputado federal com muitos contatos dentro do Governo Federal e diretamente ligado a JOSÉ DIRCEU. HUMBERTO e LUIZ EDUARDO tratam no diálogo cifrado sobre um possível acordo que está sendo firmado entre CITIBANK e GRUPO OPPORTUNITY. Com a criação de uma "Supertele" com a fusão das operadoras Oi-Telemar, Telemig, BrasilTelecom e Amazônia Celular, possivelmente com a autorização da Presidência da República (via decreto, já que a fusão atualmente é ilegal) e recursos do BNDS, daí a necessidade de reunião com a Ministra Dilma Russef (o que pode caracterizar tráfico de influência).

E este outro de 25 de março de 2008:
áudios\11_7664_3763_25mar2008_11h39m16s_Guilherme e Rodenburg.wav
Em 25/3/08, às 11:39:16. GUIGA (GUILHERME HENRIQUE SODRE MARTINS) diz que LUIZ EDUARDO (GOMES) já falou com "Ela", em Brasília, e que aguarda um retorno até à noite. RODENBURG diz que a única preocupação é com o prazo.
Análise: GUIGA e RODENBURG fazem comentário sobre a reunião de LUIS EDUARDO RODRIGUES GREENHALGH, possivelmente com a Ministra DILMA ROUSSEF, realizando lobby para viabilizar a fusão da BRASIL TELECOM com a operadora OI.
No primeiro a reticência, a dúvida.
No segundo, a reunião.
Não fica difícil comprovar que ela "se comprometeu".
Afinal, a SUPERTELE está aí, em plena operação, não é mesmo?

Mas esta gravação pode sanar todas as dúvidas em relação ao "COMPROMETIMENTO" ou não da Poderosa da Casa Civil.
2181288143_20080410115126_1_7856244.wav
Em 10/04/08, às 11:51:26hs, LUIZ EDUARDO R. GREENHALGH conversa com HUMBERTO JOSÉ BRAZ e pergunta se há alguma novidade; HUMBERTO diz que não nada de novo. GREENHALGH, que está em Brasília, diz que as coisas já estão todas acertadas e ocorrerão como devem ocorrer, tudo que foi pactuado será cumprido, o que poderá acontecer de diferente é a velocidade das coisas e por problemas internos. HUMBERTO concorda e acha que a data do fim de semana (domingo, 13/4/08) será cumprida. GREENHALGH diz que o seu "amigo" achava que seria tudo hoje, mas está desinformado mas que somente o imponderável asbsoluto poderá alterar a data de domingo porque tudo isso está acertado.

E nesta outra, a confirmação do acerto:
2181288143_20080410115424_1_7856285.wav
Em 10/04/08, às 11:54:24hs, HUMBERTO JOSÉ BRAZ conversa com DANIEL V. DANTAS e este pergunta se não vai à São Paulo hoje e HUMBERTO responde que ficou para amanhã pois o GOMES (codinome de LUIZ EDUARDO R. GREENHALGH) foi visitar a "MATGARET" (codinome da Ministra DILMA RUSSEF) e também não vai hoje por o assunto no "RIO", e deu um ajuste para amanhã e além disso estão no final da auditoria. HUMBERTO diz que estará em São Paulo amanhã logo cedo porque tem renião com MARIANO e em seguida com GOMES (GREENHALGH) e logo depois com o FELIPE, pois tem que manter a chama acesa. DANTAS pergunta se HUMBERTO quer fazer vídeo (vídeo-conferência), mas em seguida pede para passar para GUIGA (codinome de GUILHERME HENRIQUE SODRE MARTINS)

Mais uma gravação mostra como a quadrilha usava o PALÁCIO DO PLANALTO para contatos com o poderoso consultor das sombras Dirceu.

GREENHALGH tenta se avistar com o poderoso guerrilheiro das sombras, usando secretaria do PALÁCIO DO PLANALTO, mostrando que mesmo cassado este miserável manter sua cota de poder no submundo do governo petista.
Relatório 10/08 - STG:
áudios\6199791351_20080509132331_1_8170023.wav
Diálogo entre LUIZ EDUARDO RODRIGUES GREENHALGH e IVANISE, em 09/05/08, às 13:23:31:
GRENHALGH: Alô...
IVANISE: LEG...
GRENHALGH: Eu...
IVANISE: É IVANISE, tudo bem?
GRENHALGH: Oi IVANISE, tudo bem...
IVANISE: Oh... seu amigo está chegando entre quatro e cinco horas ...
GRENHALGH: Tá...
IVANISE: Eu tô só esperando a resposta se é melhor fazer no Hangar ou no Hotel... talvez no Hangar fique melhor por que dali você já vai, né?
GRENHALGH: É...
IVANISE: Tá?
GRENHALGH: Eu vou à Polícia Federal... e da Polícia Federal eu vou direto ao aeroporto...
IVANISE: Tá bom... a gente vai se falando... tá?
GRENHALGH: Esse é o seu telefone...
IVANISE: Não... esse é o PABX aqui do palácio, você quer anotar o meu telefone...
GRENHALGH: Quero... por favor...
IVANISE: 8153...
GRENHALGH: Pera só um instantinho...8153...
IVANISE: 6533...
GRENHALGH: Tá bom...
IVANISE: Tá bom?
GRENHALGH: Ok...
IVANISE: Beijão, viu?
GRENHALGH: Tchau...
Final da Ligação
Análise: Esse número 61_8153_6533 está cadastrado em nome da Secretaria de Administração da Presidência da República. IVANISE, aparentemente está informando GREENHALGH sobre a chegada de JOSÉ DIRCEU e de que poderiam realizar uma "reunião" no Hangar da empresa TAM.

Imediatamente após, às 16:12:39hs, um funcionário do nefasto liga para Greenhalgh avisando sobre a chegada do meliante-Mor da república petralha. O telefonema anterior à este se deu às 13:23:31hs.
...
áudios\6199791351_20080509161239_1_8172843.wav
Diálogo entre LUIZ EDUARDO RODRIGUES GREENHALGH e WILIAN, em 09/05/08, às 16:12:39:
WILIAN: Alô... (ininteligível)
GREENHALGH: Eu...
WILIAN: É o Wilian, funcionário do senhor José Dirceu (inaudível), tudo bem?
GREENHALGH: Oi Wilian, como vai? Tudo bem e você?
WILIAN: Tudo jóia... é só pra dizer que o ... ele tá chegando agora as 16:30 lá no aeroporto...
GREENHALGH: Tá... lá no hangar da TAM?
WILIAN: Isso...
GREENHALGH: Tá bem... eu estou indo lá...
WILIAN: Tá OK então a gente se encontra lá... OK?
GREENHALGH: Um abraço, obrigado...
WILIAN: Tá...
Fim da ligação
Análise: Pessoa de nome WILIAN, se diz funcionário de JOSÉ DIRCEU, diz para GREENHALG que "Ele" está chegando no aeroporto às 16:30h e combina o encontro no hangar da TAM.
Um miserável cassado, acusado de ser o SUB-CHEFE do PODEROSO CHEFÃO DO MENSALÃO DO LULLA, transforma em central de recados uma secretaria que fica dentro do PALÁCIO DO PLANALTO.
Completa-se desta forma, a quadrilha que resolverá, DEFINITIVAMENTE, os problemas de Daniel Dantas em sua briga com a Telecon Itália e os fundos de pensão dominados à época pelo japa Gushiken.
LuLLa – Dilma – GREENHALGH – Dirceu – Gilberto Carvalho
Eis a alta cúpula da quadrilha reunida para enfiar no bolso de Daniel Dantas mais de U$ 400 milhões de dólares.

E ainda tem mais.
É só aguardar o próximo capítulo desta lama nojenta em que chafurda o Brasil.
MAIS UMA VEZ REAFIRMAMOS:

1) NÃO SOU REPORTER E NEM RECEBO NADA DE NINGUÉM. Portanto, não devo explicações a quem quer que seja e nem estou sujeito às belas regras que são impostas dentro dos grandes meios de comunicação, para o chamado de JORNALISMO ÉTICO.
2) NÃO ENVIEI QUESTIONAMENTOS A NENHUM DOS CITADOS ABAIXO. Não sou eu quem deve explicações. Quem deve é a Polícia Federal através do Sr. Ex-delegado Protógenes Queiroz.
3) AS PROVAS ATERRADORES CONTRA DEMÓSTENES SÃO TÃO ATERRADORAS QUANTO AS QUE VOCÊS TOMARÃO CONHECIMENTO NOS TEXTOS QUE SE SEGUIRÃO. SE VALEM PARA DEMÓSTENES, TEM DE VALER TAMBÉM PARA TODOS OS QUE SERÃO CITADOS NOS TEXTOS, NESTE E NOS OUTROS QUE VIRÃO.
4) NÃO VIOLEI SEGREDOS DE JUSTIÇA. OS DOCUMENTOS ABAIXO ESTÃO À DISPOSIÇÃO DE TODOS NESTE LINK.
Existem outros.
5) A QUEM INTERESSAR POSSA: APESAR DE ESTAR ON LINE, COMO RELATEI E DEI O LINK, ENVIEI CÓPIAS DE TODOS OS ARQUIVOS PARA PESSOAS DE MINHA ESTRITA CONFIANÇA, ASSIM COMO, POR MEDIDAS DE SEGURANÇA PESSOAL E DOS MEUS, TOMEI TODAS AS PROVIDÊNCIAS NECESSÁRIAS E POSSÍVEIS.
DO GENTE DECENTE

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